10 maio 2006

A REALIDADE DA VOCAÇÃO PASTORAL

A ação vocacional na pessoa só pode acontecer num dinamismo de aliança e de comunhão com Deus no amor. Consciente de que foi escolhido por Deus desde sempre, o indivíduo que é chamado deixa-se envolver na aventura da relação e do amor. Homem de Deus que faz uma experiência diária de comunhão e de diálogo com Deus, o chamado descobre os projetos de Deus, identifica-se com eles e aceita testemunhá-los no mundo. O amor de Deus que lhe enche o coração, compromete-o no amor aos irmãos. “É por isso que todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13:35). O amor é verdadeiramente o coração da Igreja, o amor é a chave de todas as vocações. Falar da vocação e das vocações significa falar da realidade mais profunda da pessoa. Não se trata apenas de buscar a satisfação de um mero desejo pessoal ou de se sentir realizado em determinadas tarefas gratificantes. É um processo que se passa ao nível mais profundo da pessoa. O mais importante e decisivo é a resposta ao chamamento a seguir Jesus na Igreja e a continuar a sua missão no mundo, que pode levar à consagração total da pessoa. Qualquer tipo de vocação assumida nesta perspectiva, abre para um projeto belo e nobre de realização da pessoa humana nas suas mais profundas aspirações: no dom de si, na relação com os outros, na transformação da sociedade e do mundo, segundo o projeto salvífico de Deus. A ação vocacional procede da decisão amorosa e maternal da Igreja de prestar o melhor serviço a todas e a cada uma das pessoas, para serem elas mesmas segundo o propósito de Deus, para descobrirem “o dom de Deus” e o Seu amor incondicional e único e para assumirem o serviço que devem prestar na Igreja e no mundo.
1. O desprezo com o qual a vocação é tratada.
Ela é sempre odiada pelos homens perversos e irreverentes porque revela sua imundície e desmascara suas hipocrisias. O ensino dos ministros é freqüentemente uma preocupação corrosiva sob suas consciências, prevenindo-os de cair e se espojar quieta e secretamente em seus pecados – como eles viriam a fazer sob outras circunstâncias. É por isso que eles rejeitam tanto a vocação dos ministros quanto seus ministérios. Eles os assistem fecharem-se sobre seus menores fracassos, na esperança de desgraçá-los. Eles imaginam que menosprezando a vocação do pregador podem remover a vergonha de suas próprias condutas vis. É inevitável que eles devam odiar aqueles que são chamados ao ministério, uma vez que eles alimentam ódio mortal tanto pela lei quanto pela mensagem do evangelho que eles trazem, e pelo Deus que eles representam.

2. A dificuldade de desempenhar os deveres do chamado de um ministro.
Permanecer na presença de Deus, entrar no santo dos santos, pôr-se entre Deus e seu povo, ser a boca de Deus para o seu povo, e a do povo para Deus; ser o intérprete da lei eterna do Velho Testamento e do perpétuo Novo Testamento, permanecer e sustentar o ofício do próprio Cristo, cuidar da saúde das almas – essas considerações subjugam as consciências daqueles que se aproximam com reverência e sem precipitação do posto santo de pregador.

3. A inadequação das recompensas e status financeiro dados àqueles que recebem este chamado.
Todos os homens são carne e sangue. No que diz respeito a isto, devem ser fascinados e ganhos para abraçar esta vocação por meio dos argumentos que possam bem persuadir carne e sangue. O mundo tem tido uma atitude descuidada sobre isto a cada era. Conseqüentemente, na lei, Deus deu cuidadosas instruções para o cuidado dos Levitas (Num. 18:26). Porém de forma especial agora, sob o evangelho, o chamado ministerial é pobremente provido, muito embora deva ser recompensado mais do que todos. Certamente seria uma honrável política cristã fazer, no mínimo, boa provisão para estes vocacionados, de forma que homens dignos de recompensa possam receber por isto. A falta de tal provisão é a razão por que tantos jovens com habilidades incomuns e grandes perspectivas se voltam para outras vocações, especialmente o Direito. As mentes mais perspicazes de nossa nação estão empregadas. Por que? Porque na Prática Legal eles têm todos os meios para seu progresso, enquanto que no ministério, em geral, a renda é nada mais que uma clara estrada para a pobreza. Esta é uma grande blasfêmia sob nossa igreja. A menos que especial atenção seja dada a este assunto, isto será deixado sem reforma. Essas considerações, tomadas juntas, produzem um argumento infalível. Pois quem irá aceitar tão vil desprezo e tão pesada responsabilidade sem recompensa? Porém onde há um tal desprezo e um tal peso, e uma recompensa tão pobre, é de se maravilhar que um bom ministro seja um dentre milhares.

3 comentários:

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Anônimo disse...

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Rev. Simonton