**Ashbell Simonton Rédua
A Expiação Limitada, está inserida dentro de um dos temas mais importantes da Teologia Reformada, na verdade esta doutrina não é peculiarmente calvinista. Ela é sustentada por alguns dos maiores expoente da tradição cristã, entre eles Agostinho, Pedro Lombardo, Tomás de Aquino, bem como Calvino. A doutrina surgiu como resposta do Sínodo de Dort (1618-1619) nas controvérsias sobre a extensão da expiação desde o aparecimento do Arminianismo.
As doutrinas distintas da teologia reformada (Os cinco pontos calvinistas) são resumidas em inglês pelo uso do acróstico TULIP:
Total depravity = Depravação total Unconditional election = Eleição incondicional Limited atonement = Expiação limitada Irresistible grace = Graça irresistível Perseverance of the saints = Perseverança dos santos
Também conhecemos esta doutrina como a “redenção particular” ou “redenção limitada”. Segundo a doutrina a morte de Cristo teve eficácia somente para os eleitos. A eleição em si não salva ninguém; apenas destaca alguns pecadores para a salvação. Os que foram escolhidos pelo Pai e dados ao Filho precisam ser redimidos para serem salvos. Para assegurar sua redenção, Jesus Cristo veio ao mundo e tomou sobre Si a natureza humana para que pudesse identificar-Se com o Seu povo e agir como seu representante ou substituto. Cristo, agindo em lugar do Seu povo, guardou perfeitamente a lei de Deus e dessa forma produziu uma justiça perfeita a qual é imputada ao Seu povo ou creditada a ele no momento em que cada um é trazido à fé nEle. Através do que Ele fez, esse povo é constituído justo diante de Deus. Os que constituem esse povo são libertos da culpa e condenação como resultado do que Cristo sofreu por eles. Através do Seu sacrifício substitucionário Ele sofreu a penalidade dos seus pecados e assim removeu sua culpa para sempre. Por conseguinte, quando Seu povo é unido a Ele pela fé, é-lhe creditada perfeita justiça pela qual fica livre da culpa e condenação do pecado. São salvos não pelo que fizeram ou irão fazer, mas tão somente na base da obra redentora de Cristo.
Segundo a Bíblia de Estudo de Genebra, as Escrituras não ensinam que todos serão salvos, o que exclui o universalismo real. Os outros dois pontos de vista não diferem entre si sobre quantos serão salvos, mas a respeito do propósito pelo qual Cristo morreu. As Escrituras tratam dessa questão. O Novo Testamento ensina que Deus escolheu para a salvação um grande número dentre os da raça decaída e enviou Cristo ao mundo para salvá-los (Jo 6.37-40; 10.27-29; 11.51-52; Rm 8.28-39; Ef 1.3-14; 1Pe1.20). Diz-se que Cristo morreu por um povo específico, com uma clara implicação de que sua morte assegurou a salvação dele (Jo 10.15-18,27-29; Rm 5.8-10; 8.32; Gl 2.20; 3.13-14; 4.4-5; 1Jo 4.9-10; Ap 1.4-6; 5.9-10). Antes de morrer, Cristo orou por aqueles que o Pai lhe tinha dado e não pelo mundo (Jo 17.9,20). A oração de Jesus animou aqueles por quem ia morrer, e ele lhes prometeu que jamais deixaria de salvá-los. Tais passagens apresentam a idéia de uma expiação limitada. O antigo Testamento, com sua ênfase sobre a eleição da graça, oferece grande apoio a essa doutrina. (Bíblia de Estudo de Genebra Nota Teológica, página 1248)
A justificação é a própria redenção objetiva, a qual é distinta da santificação, que é a redenção subjetiva, tese conhecida nos meios católicos como da dupla justiça formal, por ter tido defensores entre os teólogos católicos, inclusive no concílio de Trento. A concepção errônea a respeito da expiação decorre, portanto, de uma concepção errônea acerca da justificação, que veio com a Reforma Protestante: a de que Deus justifica o homem, independente mesmo da remissão dos pecados, isto é, da justificação de fato. Em outras palavras, não é o “realizar-se a expiação” que concretiza a salvação do pecador, mas é pela aplicação dos méritos da Paixão de Cristo que a salvação se concretiza (Cl 1:24).
Expiação Limitada e sua importância
Segundo o Dr. Van Baren* Esta verdade é significante e importante na vida da igreja e nas vidas de seus membros individuais.
Em primeiro lugar, ela dá ao filho de Deus a plena certeza de sua salvação. Se Cristo morreu deveras por todo homem que já viveu, eu nunca poderei estar certo de minha própria salvação. Se Cristo morreu por todos, e mesmo assim muitos perecem, que certeza eu posso ter de que serei salvo? Veja que tal visão, que além de tudo é anti-escriturística, pode levar somente alguém a duvidar sobre sua salvação.
Mas agora, à luz do testemunho da própria Escritura, alguém pode saber com certeza se ele é salvo e se entrará na glória celestial. Jesus morreu pelos pecados do Seu povo — aqueles dados a Ele pelo Pai. Quando Jesus morreu por eles, eles também receberam o Seu Espírito, que opera nos seus corações aquela vida que Cristo mereceu por eles. Tais pessoas são convertidas, confessando diante de Deus e dos homens que pertencem a Cristo. Estes são aqueles que clamam em arrependimento sincero, “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lucas 18:13). E estes têm a certeza do perdão dos pecados e a certeza da vida eterna no céu. Ninguém pode tomar esta certeza deles. Ninguém pode destruir a fé deles. Estes não cairão da graça de Deus uma vez lhes dada. Estes encontrarão conforto e segurança em sua confissão, “Jesus morreu por mim”.
Mas ainda mais importante, esta verdade da Escritura de que Jesus morreu somente pelos pecados do Seu povo, é a única verdade que exalta o poder e a glória do Nome de Deus. Qualquer outra visão divergente detrata a glória do Seu Nome. Qualquer visão da expiação que sugira que a decisão final com respeito à salvação de alguém descansa no homem, detrata o poder e glória de Deus. Deus não compartilha Seu poder e glória com ninguém! Somente Ele é Deus! Ele tem poder absoluto. Ele determina do princípio ao fim. Ele determina o destino final de toda criatura — e Ele assim o faz em harmonia com Sua perfeita justiça.
Quando alguém considera apropriadamente o fato da expiação; quando alguém entende que aquele por quem Cristo morreu será certamente salvo — ele não pode fazer nada, senão glorificar o Nome de Deus que opera tais maravilhas!
* Rev. Gise J. Van Baren
As doutrinas distintas da teologia reformada (Os cinco pontos calvinistas) são resumidas em inglês pelo uso do acróstico TULIP:
Total depravity = Depravação total Unconditional election = Eleição incondicional Limited atonement = Expiação limitada Irresistible grace = Graça irresistível Perseverance of the saints = Perseverança dos santos
Também conhecemos esta doutrina como a “redenção particular” ou “redenção limitada”. Segundo a doutrina a morte de Cristo teve eficácia somente para os eleitos. A eleição em si não salva ninguém; apenas destaca alguns pecadores para a salvação. Os que foram escolhidos pelo Pai e dados ao Filho precisam ser redimidos para serem salvos. Para assegurar sua redenção, Jesus Cristo veio ao mundo e tomou sobre Si a natureza humana para que pudesse identificar-Se com o Seu povo e agir como seu representante ou substituto. Cristo, agindo em lugar do Seu povo, guardou perfeitamente a lei de Deus e dessa forma produziu uma justiça perfeita a qual é imputada ao Seu povo ou creditada a ele no momento em que cada um é trazido à fé nEle. Através do que Ele fez, esse povo é constituído justo diante de Deus. Os que constituem esse povo são libertos da culpa e condenação como resultado do que Cristo sofreu por eles. Através do Seu sacrifício substitucionário Ele sofreu a penalidade dos seus pecados e assim removeu sua culpa para sempre. Por conseguinte, quando Seu povo é unido a Ele pela fé, é-lhe creditada perfeita justiça pela qual fica livre da culpa e condenação do pecado. São salvos não pelo que fizeram ou irão fazer, mas tão somente na base da obra redentora de Cristo.
Segundo a Bíblia de Estudo de Genebra, as Escrituras não ensinam que todos serão salvos, o que exclui o universalismo real. Os outros dois pontos de vista não diferem entre si sobre quantos serão salvos, mas a respeito do propósito pelo qual Cristo morreu. As Escrituras tratam dessa questão. O Novo Testamento ensina que Deus escolheu para a salvação um grande número dentre os da raça decaída e enviou Cristo ao mundo para salvá-los (Jo 6.37-40; 10.27-29; 11.51-52; Rm 8.28-39; Ef 1.3-14; 1Pe1.20). Diz-se que Cristo morreu por um povo específico, com uma clara implicação de que sua morte assegurou a salvação dele (Jo 10.15-18,27-29; Rm 5.8-10; 8.32; Gl 2.20; 3.13-14; 4.4-5; 1Jo 4.9-10; Ap 1.4-6; 5.9-10). Antes de morrer, Cristo orou por aqueles que o Pai lhe tinha dado e não pelo mundo (Jo 17.9,20). A oração de Jesus animou aqueles por quem ia morrer, e ele lhes prometeu que jamais deixaria de salvá-los. Tais passagens apresentam a idéia de uma expiação limitada. O antigo Testamento, com sua ênfase sobre a eleição da graça, oferece grande apoio a essa doutrina. (Bíblia de Estudo de Genebra Nota Teológica, página 1248)
A justificação é a própria redenção objetiva, a qual é distinta da santificação, que é a redenção subjetiva, tese conhecida nos meios católicos como da dupla justiça formal, por ter tido defensores entre os teólogos católicos, inclusive no concílio de Trento. A concepção errônea a respeito da expiação decorre, portanto, de uma concepção errônea acerca da justificação, que veio com a Reforma Protestante: a de que Deus justifica o homem, independente mesmo da remissão dos pecados, isto é, da justificação de fato. Em outras palavras, não é o “realizar-se a expiação” que concretiza a salvação do pecador, mas é pela aplicação dos méritos da Paixão de Cristo que a salvação se concretiza (Cl 1:24).
Expiação Limitada e sua importância
Segundo o Dr. Van Baren* Esta verdade é significante e importante na vida da igreja e nas vidas de seus membros individuais.
Em primeiro lugar, ela dá ao filho de Deus a plena certeza de sua salvação. Se Cristo morreu deveras por todo homem que já viveu, eu nunca poderei estar certo de minha própria salvação. Se Cristo morreu por todos, e mesmo assim muitos perecem, que certeza eu posso ter de que serei salvo? Veja que tal visão, que além de tudo é anti-escriturística, pode levar somente alguém a duvidar sobre sua salvação.
Mas agora, à luz do testemunho da própria Escritura, alguém pode saber com certeza se ele é salvo e se entrará na glória celestial. Jesus morreu pelos pecados do Seu povo — aqueles dados a Ele pelo Pai. Quando Jesus morreu por eles, eles também receberam o Seu Espírito, que opera nos seus corações aquela vida que Cristo mereceu por eles. Tais pessoas são convertidas, confessando diante de Deus e dos homens que pertencem a Cristo. Estes são aqueles que clamam em arrependimento sincero, “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lucas 18:13). E estes têm a certeza do perdão dos pecados e a certeza da vida eterna no céu. Ninguém pode tomar esta certeza deles. Ninguém pode destruir a fé deles. Estes não cairão da graça de Deus uma vez lhes dada. Estes encontrarão conforto e segurança em sua confissão, “Jesus morreu por mim”.
Mas ainda mais importante, esta verdade da Escritura de que Jesus morreu somente pelos pecados do Seu povo, é a única verdade que exalta o poder e a glória do Nome de Deus. Qualquer outra visão divergente detrata a glória do Seu Nome. Qualquer visão da expiação que sugira que a decisão final com respeito à salvação de alguém descansa no homem, detrata o poder e glória de Deus. Deus não compartilha Seu poder e glória com ninguém! Somente Ele é Deus! Ele tem poder absoluto. Ele determina do princípio ao fim. Ele determina o destino final de toda criatura — e Ele assim o faz em harmonia com Sua perfeita justiça.
Quando alguém considera apropriadamente o fato da expiação; quando alguém entende que aquele por quem Cristo morreu será certamente salvo — ele não pode fazer nada, senão glorificar o Nome de Deus que opera tais maravilhas!
* Rev. Gise J. Van Baren
** Rev. Ashbell Simonton Rédua é pastor da Igreja Presbiteriana do Sinai e Membro da Comissão Nacional de Evangelização da IPB.
Um comentário:
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