* Rev. Simonton
Precisamos rever os nossos projetos evangelísticos, principalmente na forma como abordamos os não-cristãos, estamos mais afugentando-os do que atraindo-os.
Há alguns dias estava ouvindo uma palestra pronunciada pelo Rev. Dr. Antonio José do Nascimento, sobre esse assunto no Sínodo Leste Fluminense, e ficamos tremendamente chocados com a nossa situação: hoje os cristãos são 33% da população do mundo (incluindo católicos, ortodoxos, protestantes, copa, etc), neste universo os Protestantes são 11% da população do mundo (incluindo todos os evangélicos e até as seitas evangélicas).
Quando dirijo-me pastoralmente a minha Igreja local, no que diz respeito à inexistência de um plano de ação específico e à falta do aproveitamento do nosso potencial humano, minha igreja não foge à regra. E não parece razoável imaginar que neste grupo seleto de crentes venhamos a encontrar pessoas que não conhecem a Bíblia! Se o problema está na igreja, constituído por homens que conhecem pouco a Bíblia, a causa provavelmente esteja mais em cima, ou seja, em pastores que pouco treinam ou nada treinam as suas ovelhas.
A maior parte das igrejas não tem um projeto específico de evangelização, não tem um departamento de evangelização. E, quando têm, arrisco-me a afirmar que é um modelo antigo e inadequado, distante da realidade do mundo atual. Se a evangelização tem como ponto final e culminante o engajamento do indivíduo numa igreja, não podemos nos esquecer que evangelização é uma caminhada de vários estágios.
Os nossos projetos evangelísticos não tem surtido o efeito necessário haja vista que a crise familiar e social que enfrentamos é mero reflexo da crise de autoridade. Palavra pastoral não tem valor algum, basta estar investido de autoridade para ser "mandão" e ninguém dá a menor importância para o que se diz e ensina. Igualmente mortal, alguns engrenaram nesta prática e perdem de obedecer a Deus por conta de não se submeterem aos seus líderes espirituais. Igrejas cheias de corações vazios.
Esse Evangelho chegou até nós, igrejas foram plantadas, vidas foram transformadas, mas a visão da missão da Igreja ficou bem aquém daquilo que deveria ter acontecido. O Evangelho avançou muito, mas priorizando sempre as próprias denominações e estruturas eclesiásticas, e também as suas posturas apologéticas.
Os nossos projetos evangelísticos nos frustam, nos traz desânimos, principalmente quando o líder-pastor faz esforços e não há nenhuma reação positiva por parte da igreja. Entendo que o padrão bíblico da estratégia evangelística é da vida em equipe, cada um cooperando e sendo usado por Deus na vida do outro. Quantas vezes encontramos pastores que reclamam sobre algo que está acontecendo entre os líderes da igreja ou sobre a falta de participação do povo? A culpa é do pastor! Ele pode criar um ambiente em que as pessoas sentem que eles, juntos com o pastor, formam a equipe que dirige a obra. É isto que estou tentando fazer a três anos na Igreja Presbiteriana do Sinai, o processo evangelístico não é somente do pastor, mas é de toda a Igreja como uma grande equipe.
Não podemos usar estratégias para atrair fiéis com o mesmo padrão utilizado pelas cidades para agradar os homens. A motivação de muitos líderes é construir torres para tornar o nome do homem célebre. Com esse objetivo utilizam uma teologia ou doutrina que não confronta a cidade, ao contrário, conformam-se a ela, e convida a todos a construírem suas torres particulares. Desta forma, pensam estar contribuindo para a construção da grande obra de Deus, constroem torres que nos levam aos céus, sem Deus, onde Cristo não é o ponto de atração.
Queremos ser instrumentos de Deus no que Ele deseja realizar no mundo. Por isso entramos no Seu serviço! Seu serviço não é um serviço qualquer. Não seguimos os padrões do mundo se queremos realizar toda a Sua vontade na obra de evangelização.
Como estão os nossos projetos evangelísticos? Em grande parte vai de mal a pior.
Soli Deo Gloria
* Rev. Simonton é pastor da Igreja Presbiteriana do Sinai e Membro da Comissão Nacional de Evangelização da IPB
Há alguns dias estava ouvindo uma palestra pronunciada pelo Rev. Dr. Antonio José do Nascimento, sobre esse assunto no Sínodo Leste Fluminense, e ficamos tremendamente chocados com a nossa situação: hoje os cristãos são 33% da população do mundo (incluindo católicos, ortodoxos, protestantes, copa, etc), neste universo os Protestantes são 11% da população do mundo (incluindo todos os evangélicos e até as seitas evangélicas).
Quando dirijo-me pastoralmente a minha Igreja local, no que diz respeito à inexistência de um plano de ação específico e à falta do aproveitamento do nosso potencial humano, minha igreja não foge à regra. E não parece razoável imaginar que neste grupo seleto de crentes venhamos a encontrar pessoas que não conhecem a Bíblia! Se o problema está na igreja, constituído por homens que conhecem pouco a Bíblia, a causa provavelmente esteja mais em cima, ou seja, em pastores que pouco treinam ou nada treinam as suas ovelhas.
A maior parte das igrejas não tem um projeto específico de evangelização, não tem um departamento de evangelização. E, quando têm, arrisco-me a afirmar que é um modelo antigo e inadequado, distante da realidade do mundo atual. Se a evangelização tem como ponto final e culminante o engajamento do indivíduo numa igreja, não podemos nos esquecer que evangelização é uma caminhada de vários estágios.
Os nossos projetos evangelísticos não tem surtido o efeito necessário haja vista que a crise familiar e social que enfrentamos é mero reflexo da crise de autoridade. Palavra pastoral não tem valor algum, basta estar investido de autoridade para ser "mandão" e ninguém dá a menor importância para o que se diz e ensina. Igualmente mortal, alguns engrenaram nesta prática e perdem de obedecer a Deus por conta de não se submeterem aos seus líderes espirituais. Igrejas cheias de corações vazios.
Esse Evangelho chegou até nós, igrejas foram plantadas, vidas foram transformadas, mas a visão da missão da Igreja ficou bem aquém daquilo que deveria ter acontecido. O Evangelho avançou muito, mas priorizando sempre as próprias denominações e estruturas eclesiásticas, e também as suas posturas apologéticas.
Os nossos projetos evangelísticos nos frustam, nos traz desânimos, principalmente quando o líder-pastor faz esforços e não há nenhuma reação positiva por parte da igreja. Entendo que o padrão bíblico da estratégia evangelística é da vida em equipe, cada um cooperando e sendo usado por Deus na vida do outro. Quantas vezes encontramos pastores que reclamam sobre algo que está acontecendo entre os líderes da igreja ou sobre a falta de participação do povo? A culpa é do pastor! Ele pode criar um ambiente em que as pessoas sentem que eles, juntos com o pastor, formam a equipe que dirige a obra. É isto que estou tentando fazer a três anos na Igreja Presbiteriana do Sinai, o processo evangelístico não é somente do pastor, mas é de toda a Igreja como uma grande equipe.
Não podemos usar estratégias para atrair fiéis com o mesmo padrão utilizado pelas cidades para agradar os homens. A motivação de muitos líderes é construir torres para tornar o nome do homem célebre. Com esse objetivo utilizam uma teologia ou doutrina que não confronta a cidade, ao contrário, conformam-se a ela, e convida a todos a construírem suas torres particulares. Desta forma, pensam estar contribuindo para a construção da grande obra de Deus, constroem torres que nos levam aos céus, sem Deus, onde Cristo não é o ponto de atração.
Queremos ser instrumentos de Deus no que Ele deseja realizar no mundo. Por isso entramos no Seu serviço! Seu serviço não é um serviço qualquer. Não seguimos os padrões do mundo se queremos realizar toda a Sua vontade na obra de evangelização.
Como estão os nossos projetos evangelísticos? Em grande parte vai de mal a pior.
Soli Deo Gloria
* Rev. Simonton é pastor da Igreja Presbiteriana do Sinai e Membro da Comissão Nacional de Evangelização da IPB
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