14 setembro 2006

HOJE É DOMINGO (DIA DA ESCOLA BIBLICA DOMINICAL)


Prezados irmãos!
Estamos comemorando no próximo domingo (17.09), o “Dia da Escola Bíblica Dominical”. Considerei esta história ou estória, muito propícia para a nossa pretensão de resgatar e restaurarar a EBD. Que essa também seja a meta de todos a Igreja.
Gde Abc
Rev. Simonton
asredua@yahoo.com.br ou asredua@oi.com.br


"HOJE É DOMINGO..."
Uma história muito comovente de uma E.B.D. que um certo dia ela se acabou...

Hoje é domingo...
O sol está alto e o dia está lindo.
Sentado neste banco, o banco de uma praça qualquer; meu pensamento vagueia e viaja pelo tempo, me leva ao passado e faz-me recordar meu tempo de criança. Tempo bom aquele. Lembro-me de tantas coisas, das brincadeiras, dos amigos, lembro-me dos doces de minha mãe, e até mesmo das surras que tomei de meu pai.
Coincidência...
Hoje é domingo. E na minha memória, a lembrança mais viva que tenho, são daquelas manhãs de domingo, manhãs de inverno, tão frio, nós ainda criança, gostávamos de dormir até tarde, acariciados pelo aconchego dos cobertores e do cheirinho de café vindo da cozinha, que mamãe sempre a primeira a levantar-se, tão cedo, se punha á fazer. Não demorava muito, ela vinha nos tirar da cama, “era domingo”, o dia em que as outras crianças dormiam até mais tarde, nós levantávamos cedinho. Mamãe então, arrumava nossas roupas, cobria-nos com alguns trapos velhos, a qual chamávamos de roupa de domingo, porque na verdade nem mesmo roupas tínhamos. Nossos sapatos, então, como era engraçado viviam sorrindo, depois de tanto uso e diversas caminhadas já nem comportavam mais nossos pés. Tínhamos também uma luva e um belo cachecol feitos por mamãe, e com o qual nos vestíamos, para podermos enfrentar o frio. Ah! E o café? O café ficava para mais tarde, tínhamos um compromisso muito importante nas manhãs de domingo, e o café podia esperar.
Papai já com seu chapéu de palha na cabeça, calçava suas botas tão surradas, mas, que no entanto, nunca o havia deixado na mão. Finalmente estávamos todos prontos.
Partíamos.
A distância era longa e a caminhada difícil. Muitas vezes olhávamos outras crianças que passava, por nós e queríamos ser como elas e mamãe nos consolava nos dizendo que elas não tinham a oportunidade de juntar as pedrinhas que guardávamos para as brincadeiras mais tarde. Depois de algumas horas a estrada chegava ao fim, lá adiante avistávamos uma pequena construção, papai ajudou a construir, era a nossa igrejinha; tão pequenina, tão simples e humilde feita de tábuas, mas dentro dela havia um calor tão gostoso que nos fazia esquecer do frio.
Era domingo. E no domingo o povo se reunia para ir a escolinha.
Que saudades eu tenho daquelas manhãs. Chegávamos na igrejinha, dobrávamos os joelhos, agradecidos a Deus por estar ali, pedíamos a sua benção para aquele novo dia e então nos sentávamos para ouvir o professor.
Lembro-me de ouvir a mamãe dizer que aquele homem tão simples, mal sabia escrever seu nome, mas, nas manhãs de domingo vestia seu terno, especialmente preparado para a ocasião, colocava sua gravata e virava um doutor, não um doutor comum, porque o que nos ensinava era algo maravilhoso e especial. Muitas das suas palavras guardo ainda na memória, como se as tivesse ouvindo neste instante.
Era domingo.
E todos estavam na igrejinha. Todas as famílias, pais, filhos, os irmãos, todos juntos ouvindo Deus falar.
Aprendendo a conhecer Deus.
Doce lembrança...
Após a escolinha voltávamos felizes para nossas casas, sempre todos juntos, e ao chegar à casa, saboreávamos, então, os doces e o café que mamãe havia deixado sobre o fogão. Eram domingos maravilhosos. Eu poderia contar lindas histórias sobre aqueles domingos na escolinha dominical, muitas até fariam chorar, mas ninguém as quer ouvir.
Hoje é domingo e eu aqui sentado; sentado neste banco, nem mesmo a igreja fui.
A distância não é tão grande, o caminho é bem mais fácil e já não preciso ir á pé, se eu fosse comparar, nem mesmo parece frio, porque tenho tantas roupas para vestir que não sei qual usar. A igrejinha simples não existe mais é verdade, virou tapera em algum lugar no passado. A igreja, hoje é de pedra, hoje, é de pedra mais resistente, tem janelas, seus bancos são melhores, é bem diferente e fato. O calor que havia naquela simples e humilde igrejinha pode ter esfriado um pouco, mas, é porque muitos se esqueceram que hoje é domingo.
Como eu queria estar lá com os irmãos.
Se meus filhos ao menos estivessem aqui. Por que não os ensinei da mesma forma que meus pais me ensinaram?
Grande engano meu...
Pensei que estaria dando mais conforto a eles deixando-os dormir até mais tarde aos domingos.
Hoje é domingo e meu filho trocou a noite pelo dia, foi dormir quando deveria estar se levantando para ir à escolinha
Grande engano meu...
Pensei que fazendo do meu filho doutor ele aprenderia a respeitar e amar a Deus. Hoje me chama de quadrado e se esqueceu de Deus.
Que saudades que tenho da escolinha.
Como gostaria de estar lá, naquela escolinha junto com meus filhos, com minha família, bem como fazíamos no passado, nas manhãs de domingo. Seria tão bom ouvir Deus falar.
Quisera eu contar minhas experiências aos mais jovens, ser também um professor da escola bíblica dominical.
Hoje é domingo
E eu aqui neste banco a lamentar do passado e sofrendo por não saber aproveitar quando a porta da igrejinha estava aberta aos domingos de manhã, bem cedinho.
Quando os meus filhos nasceram eu deixei de ir a escolinha, a qual nunca havia faltado antes, muitos seguiram meu exemplo, deixaram de ir também, e o pastor cansou de esperar por mim.
Um dia fechou a porta da igrejinha.
E eu aqui, a lamentar...
Hoje é domingo!
E acabou-se a escolinha.
Autor desconhecido

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Um comentário:

Luis Gustavo disse...

Isso é verdade e é chocante. As pessoas não mais querem renunciar as manhãs de domingo, ou qualquer outro horário que muitas igrejas dispõem para o ensino da Palavra de Deus. Quanto engano, engano de si mesmas, pois conhecereis a verdade e ela vos libertará. Talvez seja esse desinteresse pela Palavra, e o interesse individual egoísta que faça do desejo do conhecer Jesus em Sua Palavra uma mera ida aos cultos. Aonde Jesus estava, prezava o ensino, e chamou aqueles que estavam aos seus pés aprendendo de irmãos, irmãs, mães, enfim, família; também elogiou aquela que escolheu estar aos seus pés para aprender, porque havia escolhido a melhor parte. E deixo a pergunta: qual é a nossa melhor parte?
Fica esse meu comentário. Que Deus abençoe.