Meditação: Eu te conheci no deserto, na terra muito seca. Oséias 13:5
E não disseram: Onde está o SENHOR, que nos fez subir da terra do Egito, que nos guiou através do deserto, por uma terra árida, e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra pela qual ninguém transitava, e na qual não morava homem algum? Jeremias 2:6
Já estou pronto para ir a Igreja, neste interim resolvi terminar este texto. Aprendi muito vivendo nos desertos da minha vida, e quando olho para trás vejo como foram importantes, apesar daqueles momentos serem os dias mais tristes e angustiantes, tempo de crises profundas existenciais, tempo do encaramujar da alma, tempo de perda. Contudo o deserto foi o lugar da minha restauração, tempo de restauração completa em meio a tanta adversidade.
Este tempo passado, é tempo que não pode passar em vão, sem deixar vestígio, e que nunca deve ser esquecido. Ele continua a viver na memória em nome de sua particularidade, da dureza que o caracterizou, do entusiasmo e da participação com a qual foi vivido. O tempo no deserto é tempo de reflexão, da recordação, do memorial.
A Bíblia retrata este tempo como o tempo de comunhão com o amoroso Deus. Este é o tempo sonhado, lembrado, esperado pelos profetas Jeremias e Oséias, tempo de restauração.
Estes profetas relêem a experiência passada do deserto revocando-a em termos idílicos, mesmo "míticos", até fazer dela um "exemplo" colocado no futuro do povo de Deus como uma possibilidade aberta. Na realidade, o povo no deserto não foi de maneira nenhuma assim tão próximo de Deus e fiel como aparece na sonhadora renovação de Oséias 2:16-23. Antes, no livro do Êxodo, o Israel do deserto aparece como o povo infiel por excelência, desobediente e rebelde; porém, apesar disso, o profeta transfigura aquele momento do passado de Israel, fazendo dele um exemplo de obediência e de fidelidade.
Viver no passado significa não se situar no hoje de Deus, no "aqui e agora" no qual todo fiel deve instaurar seu relacionamento com Deus: um relacionamento que não é o de ontem ou de amanhã, e sim o que se decide e se vive no hoje.
DEUS deseja recuperar você, repara-lo, reconquista-lo, reintegra-lo, renova-lo, revigora-lo, dar novo esplendor à sua vida... Deserto é um lugar de encontro. Encontro com Deus e consigo mesmo. Com nossa humanidade e com a grandeza de Deus. Deserto é um lugar de amadurecimento, de firmar nossos valores, nossas convicções. Lugar de amadurecer nossa fé, descansando de maneira inabalável no caráter de Deus.
Deserto é um lugar em que descobrimos verdadeiros amigos, desmascaramos os falsos amigos e estabelecemos relacionamentos íntegros.
Deserto é um lugar de aprendizado. Aprendemos a depender de Deus, a confiar, esperar em Deus e sermos direcionados por ele.
Mesmo estando no deserto, se há uma promessa de livramento é preciso haver ânimo, coragem e não desânimo. É preciso fortalecer as mãos cansadas, firmar os joelhos vacilantes. Aprender a descansar nas promessas e dissipar o pessimismo.
Se você está passando pelo deserto, pode ter certeza de que Deus está restaurando você.
PENSE: “Os aflitos e necessitados buscam águas, e não há, e a sua língua se seca de sede; eu o SENHOR os ouvirei, eu, o Deus de Israel não os desampararei. Abrirei rios em lugares altos, e fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em lagos de águas, e a terra seca em mananciais de água. Plantarei no deserto o cedro, a acácia, e a murta, e a oliveira; porei no ermo juntamente a faia, o pinheiro e o álamo. Para que todos vejam, e saibam, e considerem, e juntamente entendam que a mão do SENHOR fez isto, e o Santo de Israel o criou.” Isaias 41: 17-20
ORE: Senhor! Agradeco-Te pela Tua presença quando passei pelo deserto, Ah! Se não fora o Senhor, o que de mim seria. Tu vieste e restauraste todo o meu viver, toda a minha vida, restauraste a comunhão contigo, comigo mesmo e com o meu próximo, restauraste a minha família e o meu ministério. Te agradeço em nome de Jesus, o meu Senhor, amém!
Com carinho!
Rev. Ashbell Simonton Rédua
Pastor Presbiteriano da IPB
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