O presbiteriano nacional completa 148 anos de serviço à Deus, ao Brasil e ao mundo no próximo dia 12 de agosto 2007.
Creio que podemos dividir a história do presbiterianismo nacional em seis (06) etapas importantes e relevantes na vida da Igreja Presbiteriana do Brasil.
A implantação foi a primeira fase postulada de 1859 a1869.. Fase essa que inicia com o surgimento da Igreja Presbiteriana do Brasil como resultado do esforço e trabalho missionário pioneiro articulado pelo Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867).
A segunda fase desse processo foi a consolidação do Presbiterianismo no Brasil (1869-1888). Simonton e toda a equipe missionária pertenciam a Igreja Presbiteriana do Norte dos Estados Unidos (PCSA). Com a chegada dos missionários da Igreja Presbiterian do Sul dos Estados Unidos, George N. Morton, Edward Lane, fixando residência em Campinas, fundaram a Igreja de Campinas e o Colégio Internacional. Esses e outros missionários evangelizaram a região da Mogiana, Oeste e Triângulo Mineiro e Sul de Goiás, destacando nesta obra o Rev. John Boyle.
A Igreja avançava em direção a todos os recantos brasileiros estendendo a obra missio-evangelizadora no nordeste e norte do Brasil, precisamente de Alagoas até a Amazônia, destacando nesta obra os trabalhos de John Rochwel Smith, fundador da Igreja Presbiteriana do Recife (1878). Delacery Wardlaw, em Fortaleza e o Dr. George W. Butler, o “medido amado”, bem destacado na obra do Rev. Edjece Martins, “A Bíblia e o Bisturi”. Um dos pastores mais conhecidos nesta fase no nordeste foi o Rev. Belmiro de Araújo César, patriarca de uma família numerosa de presbiterianos, muitos deles pastores.
A terceira fase, a Dissenção (1888-1903), isto é, a primeira ruptura denominacional. Neste período foram organizado o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil jurisdicionando três presbitérios (Rio de Janeiro, Campinas-Oeste de Minas e Pernambuco), contando com 20 missionários, 12 pastores nacionais e 59 igrejas. O Primeiro presidente foi o Rev. Blacford. Foi criado o Seminário Presbiteriano, funcionando em Nova Friburgo no final de 1892, sendo mais tarde (1895) transferido para São Paulo. O Mackenzie College em 1891 (Colégio Protestante), foi transferido para Lavras o Colégio Inernacional que mais tarde veio a chamar-se Instituto Gammon, em homenagem ao Rev. Samuel R. Gammon (1865-1928). No nordeste é criada a primeira escola evangélica, o Colégio Americano de Natal (1885) e na cidade de Garanhuns são lançadas as bases do Colégio Quinze de Novembro e o Seminário Presbiteriano do Norte, mais tarde transferido para Recife. No Rio de Janeiro e São Paulo foram destaques neste período o Rev. Eduardo Carlos Pereira (1888) e Álvaro Reis (1897). A Igreja crescia tanto para o Norte como para o Sul do Brasil, chegando ao Pará e Amazonas, bem como a Santa Catarina, expandindo-se também para o interior de Minas (Alto Jequitibá). Este período foi marcado por uma grande crise surgindo conflitos entre o Sínodo e a Junta de Missões de Nova York. Enquanto o Sínodo media esforços e buscava apoio para a obra evangelistica, conseqüentemente na instalação dos Seminários, a Junta preferiu dar ênfase à obra educacional, principalmente através do Mackenzie. Este conflito ganhou corpo principalmente nos desentendimentos entre o Rev. Eduardo Pereira e os líderes do Mackenzie, Horace Lane e William Wandbell. Com as posições radicais do Rev. Eduardo C. Pereira e apoiado por um grupo de seus colegas brasileiros, criou o jornal “O Estandarte”, enquanto o Rev. Álvaro Reis, criava “O Puritano” (1899). Os problemas aumentaram principalmente devido aos debates acerca da maçonaria, e por fim a crise chega ao fim com um triste desfecho em 31 de julho de 1903, durante a reunião do Sínodo. Após serem derrotados em suas propostas, o Rev. Eduardo Carlos Pereira e seus colegas desligaram-se do Sínodo e formaram a Igreja Presbiteriana Independente.
Após 1903, seguiu-se um período muito triste na vida da igreja, período marcado por divisões de comunidades, luta pela posse de propriedades, litígios judiciais, inquietação, estendendo este período até 1906. nesta época a IPB contava com 77 igrejas e cerca de 6500 membros, a IPI tinha 56 igrejas e 4200 membros. A reconstituição (1903-1917) da obra presbiteriana do Brasil levou as igrejas da IPB a trabalharem duro na evangelização e na educação. Em 1910 foi organizada a Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana do Brasil, sendo eleito o primeiro presidente o Rev. Álvaro Reis. Os conciliares visitam a Ilha de Villegaignon e comemoraram o 4º centenário do nascimento de Calvino, fato importante este que tem sido cultivado pela Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. Em 1971 foi aprovado o Modus Operandi, um acordo entre a igreja e as missões norte-americanas pelo qual os missionários desligaram-se dos concílios da IPB, separando os campos nacionais (presbitérios) dos campos das missões. Estava assim restaurada a Igreja Presbiteriana do Brasil.
A fase de Cooperação (1917-1932) destaca-se pela influência e relevância da Igreja Presbiteriana do Brasil com os vários setores da vida religiosa e social do Brasil. As principais áreas de cooperação foram a literatura, educação cristão e educação teológica, nesta época foi criado o Seminário Unido no Rio de Janeiro, que existiu até 1932. O Instituto José Manoel da Conceição, fundado pelo rev. William A. Wadbell na cidade de Jandira-SP (1928), que tinha o objetivo de preparar os jovens que ingressariam no seminário. A Associação Evangélica de Catequese dos índios (1928), depois Missão Evangélica Caiuá, idealizada pelo Rev. Albert S. Maxwell instalada em Dourados-MS, esforço cooperativo das igrejas presbiterianas, independente, metodista e episcopal.
Nesta época também a Missão criou o Colégio Agnes Erskine, em Recife, o Colégio 15 de Novembro, em Garanhuns; a Escola de Ponte Nova-BA; o Colégio 2 de Julho, em Salvador-BA; O instituto Gammon, em Lavras-MG e o Instituto Cristão e principalmente o Mackenzie.
A última fase, a organização (1932-1959), período em que a IPB continuou a crescer e aperfeiçoar a sua estrutura voltando parte de sua obra para os trabalhos específicos como as sociedades internas, principalmente o trabalho feminino e mocidade, e o desenvolvimento das missões estrangeiras e nacionais, literatura e ação social. Este período logrou êxito e conclusão com o centenário da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Dentre algumas convicções da IPB, destaco o Culto, no qual a igreja procura obedecer o princípio regulador. Isto significa que o culto deve ater-se as normas contidas nas Escrituras Sagradas. Assim o culto caracteriza-se pela teocentricidade, simplicidade, reverência, hinódia com base teológica bíblica e a pregação expositiva. Por isso o culto reformado é solene, respeitoso, fervoroso e alegre. Culto rígido, fechado e sem vida não faz parte do padrão presbiteriano, contudo, quando não se observa este padrão consequentemente as igrejas locais acabam se afastando dos princípios históricos originários.
A centralidade das Escrituras Sagradas é outra de suas marcas, a Bíblia é a nossa regra de fé e prática.
A prática dos sacramentos (Ceia do Senhor e batismo), marca imprescindível a vida e comunhão da igreja, como meios de graça. A ministração correta dos sacramentos, isto é, rejeitarmos qualquer concepção da Ceia do Senhor que a reduza a apenas símbolo memorial e bem como o batismo infantil e adulto.
Aproveitamos esta oportunidade para refletirmos sobre a nossa denominação e a nossa igreja local.
Que o Senhor abençoe a Igreja Presbiteriana do Brasil!
Soli Deo Gloria
Rev. Simonton
Creio que podemos dividir a história do presbiterianismo nacional em seis (06) etapas importantes e relevantes na vida da Igreja Presbiteriana do Brasil.
A implantação foi a primeira fase postulada de 1859 a1869.. Fase essa que inicia com o surgimento da Igreja Presbiteriana do Brasil como resultado do esforço e trabalho missionário pioneiro articulado pelo Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867).
A segunda fase desse processo foi a consolidação do Presbiterianismo no Brasil (1869-1888). Simonton e toda a equipe missionária pertenciam a Igreja Presbiteriana do Norte dos Estados Unidos (PCSA). Com a chegada dos missionários da Igreja Presbiterian do Sul dos Estados Unidos, George N. Morton, Edward Lane, fixando residência em Campinas, fundaram a Igreja de Campinas e o Colégio Internacional. Esses e outros missionários evangelizaram a região da Mogiana, Oeste e Triângulo Mineiro e Sul de Goiás, destacando nesta obra o Rev. John Boyle.
A Igreja avançava em direção a todos os recantos brasileiros estendendo a obra missio-evangelizadora no nordeste e norte do Brasil, precisamente de Alagoas até a Amazônia, destacando nesta obra os trabalhos de John Rochwel Smith, fundador da Igreja Presbiteriana do Recife (1878). Delacery Wardlaw, em Fortaleza e o Dr. George W. Butler, o “medido amado”, bem destacado na obra do Rev. Edjece Martins, “A Bíblia e o Bisturi”. Um dos pastores mais conhecidos nesta fase no nordeste foi o Rev. Belmiro de Araújo César, patriarca de uma família numerosa de presbiterianos, muitos deles pastores.
A terceira fase, a Dissenção (1888-1903), isto é, a primeira ruptura denominacional. Neste período foram organizado o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil jurisdicionando três presbitérios (Rio de Janeiro, Campinas-Oeste de Minas e Pernambuco), contando com 20 missionários, 12 pastores nacionais e 59 igrejas. O Primeiro presidente foi o Rev. Blacford. Foi criado o Seminário Presbiteriano, funcionando em Nova Friburgo no final de 1892, sendo mais tarde (1895) transferido para São Paulo. O Mackenzie College em 1891 (Colégio Protestante), foi transferido para Lavras o Colégio Inernacional que mais tarde veio a chamar-se Instituto Gammon, em homenagem ao Rev. Samuel R. Gammon (1865-1928). No nordeste é criada a primeira escola evangélica, o Colégio Americano de Natal (1885) e na cidade de Garanhuns são lançadas as bases do Colégio Quinze de Novembro e o Seminário Presbiteriano do Norte, mais tarde transferido para Recife. No Rio de Janeiro e São Paulo foram destaques neste período o Rev. Eduardo Carlos Pereira (1888) e Álvaro Reis (1897). A Igreja crescia tanto para o Norte como para o Sul do Brasil, chegando ao Pará e Amazonas, bem como a Santa Catarina, expandindo-se também para o interior de Minas (Alto Jequitibá). Este período foi marcado por uma grande crise surgindo conflitos entre o Sínodo e a Junta de Missões de Nova York. Enquanto o Sínodo media esforços e buscava apoio para a obra evangelistica, conseqüentemente na instalação dos Seminários, a Junta preferiu dar ênfase à obra educacional, principalmente através do Mackenzie. Este conflito ganhou corpo principalmente nos desentendimentos entre o Rev. Eduardo Pereira e os líderes do Mackenzie, Horace Lane e William Wandbell. Com as posições radicais do Rev. Eduardo C. Pereira e apoiado por um grupo de seus colegas brasileiros, criou o jornal “O Estandarte”, enquanto o Rev. Álvaro Reis, criava “O Puritano” (1899). Os problemas aumentaram principalmente devido aos debates acerca da maçonaria, e por fim a crise chega ao fim com um triste desfecho em 31 de julho de 1903, durante a reunião do Sínodo. Após serem derrotados em suas propostas, o Rev. Eduardo Carlos Pereira e seus colegas desligaram-se do Sínodo e formaram a Igreja Presbiteriana Independente.
Após 1903, seguiu-se um período muito triste na vida da igreja, período marcado por divisões de comunidades, luta pela posse de propriedades, litígios judiciais, inquietação, estendendo este período até 1906. nesta época a IPB contava com 77 igrejas e cerca de 6500 membros, a IPI tinha 56 igrejas e 4200 membros. A reconstituição (1903-1917) da obra presbiteriana do Brasil levou as igrejas da IPB a trabalharem duro na evangelização e na educação. Em 1910 foi organizada a Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana do Brasil, sendo eleito o primeiro presidente o Rev. Álvaro Reis. Os conciliares visitam a Ilha de Villegaignon e comemoraram o 4º centenário do nascimento de Calvino, fato importante este que tem sido cultivado pela Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. Em 1971 foi aprovado o Modus Operandi, um acordo entre a igreja e as missões norte-americanas pelo qual os missionários desligaram-se dos concílios da IPB, separando os campos nacionais (presbitérios) dos campos das missões. Estava assim restaurada a Igreja Presbiteriana do Brasil.
A fase de Cooperação (1917-1932) destaca-se pela influência e relevância da Igreja Presbiteriana do Brasil com os vários setores da vida religiosa e social do Brasil. As principais áreas de cooperação foram a literatura, educação cristão e educação teológica, nesta época foi criado o Seminário Unido no Rio de Janeiro, que existiu até 1932. O Instituto José Manoel da Conceição, fundado pelo rev. William A. Wadbell na cidade de Jandira-SP (1928), que tinha o objetivo de preparar os jovens que ingressariam no seminário. A Associação Evangélica de Catequese dos índios (1928), depois Missão Evangélica Caiuá, idealizada pelo Rev. Albert S. Maxwell instalada em Dourados-MS, esforço cooperativo das igrejas presbiterianas, independente, metodista e episcopal.
Nesta época também a Missão criou o Colégio Agnes Erskine, em Recife, o Colégio 15 de Novembro, em Garanhuns; a Escola de Ponte Nova-BA; o Colégio 2 de Julho, em Salvador-BA; O instituto Gammon, em Lavras-MG e o Instituto Cristão e principalmente o Mackenzie.
A última fase, a organização (1932-1959), período em que a IPB continuou a crescer e aperfeiçoar a sua estrutura voltando parte de sua obra para os trabalhos específicos como as sociedades internas, principalmente o trabalho feminino e mocidade, e o desenvolvimento das missões estrangeiras e nacionais, literatura e ação social. Este período logrou êxito e conclusão com o centenário da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Dentre algumas convicções da IPB, destaco o Culto, no qual a igreja procura obedecer o princípio regulador. Isto significa que o culto deve ater-se as normas contidas nas Escrituras Sagradas. Assim o culto caracteriza-se pela teocentricidade, simplicidade, reverência, hinódia com base teológica bíblica e a pregação expositiva. Por isso o culto reformado é solene, respeitoso, fervoroso e alegre. Culto rígido, fechado e sem vida não faz parte do padrão presbiteriano, contudo, quando não se observa este padrão consequentemente as igrejas locais acabam se afastando dos princípios históricos originários.
A centralidade das Escrituras Sagradas é outra de suas marcas, a Bíblia é a nossa regra de fé e prática.
A prática dos sacramentos (Ceia do Senhor e batismo), marca imprescindível a vida e comunhão da igreja, como meios de graça. A ministração correta dos sacramentos, isto é, rejeitarmos qualquer concepção da Ceia do Senhor que a reduza a apenas símbolo memorial e bem como o batismo infantil e adulto.
Aproveitamos esta oportunidade para refletirmos sobre a nossa denominação e a nossa igreja local.
Que o Senhor abençoe a Igreja Presbiteriana do Brasil!
Soli Deo Gloria
Rev. Simonton
Um comentário:
MEU IRMÃO! ESTOU DECEPCIONADO. NÃO CONTIGO, É CLARO. ESTOU DECEPCIONADO COM ESSA TURMA QUE NÃO TEM O QUE FAZER E INVENTA UM BATE-PAPO COMO ESSE, ENVOLVENDO PESSOAS SÉRIAS DA IPB. É UMA LÁSTIMA! ESTOU ENVERGONHADO E NÃO TENHO PALAVRAS. NEM VOU REPASSAR ISSO, POIS TENHO VERGONHA.
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