04 abril 2007

O SEPULCRO VAZIO



Texto: Jo 20: 1-9

O Sepulcro vazio tem sido alvo de muitos debates, principalmente por aqueles que não crêem na ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Basicamente estamos acostumados a escutar os teólogos e Mestres Cristãos falando sobre o assunto e afirmando-o como base da nossa fé. Mas, nesse caso, por que os judeus não se tornaram cristãos? Será que a ressurreição de Cristo polarizou a humanidade entre aqueles que crê e os que não crê neste evento. Será que existe dentro do cristianismo estes dois grupos que estão separados ante o evento da ressurreição, um que reflete a atitude do discípulo amado, que viu e creu. E um outro, como Pedro, que ficou maravilhado com o acontecido, mas sem chegar às portas da fé? Qual foi, em definitivo, a causa que também mudou a atitude de Pedro até a fé? Somente a disposição dos panos, unicamente a ausência do cadáver? Será que a pedra de entrada, removida de forma abrupta?
Acreditamos que existe uma experiência que não podemos chamar de histórica porque é íntima e não compartilhada de forma sensível por todos como testemunhas. É a experiência mística da visão sobrenatural, nem por isso menos real e vívida que a experimentada pelos sentidos. Pelo contrário, deixa uma memória tanto menos extinguível quanto mais extraordinária e infreqϋente como ela é. Logicamente quem de antemão descarta o sobrenatural, tenderá a explicar o fenômeno em termos naturais de paranóia e histeria. Mas quando a visão é coletiva, e mais, quando responde a situações diferentes, com pessoas entre si independentes, como é o nosso caso, a explicação natural não é suficiente e constitui o único recurso de quem não quer admitir o sobrenatural. Têm ouvidos e não ouvem, têm olhos e não vêem (Mc 8: 18).
Cremos que as bases da ressurreição foram as experiências místicas dos discípulos que as tornaram testemunhas (Lc 1:2) de que Jesus Vivo é o Senhor. É o caso de Paulo que nem viu o túmulo, nem conhecia Jesus como os outros discípulos; mas que o viu e ouviu em Damasco (At 9: 4-7).
A ressurreição é a única explicação plausível para seu túmulo vazio.
O Evangelho de João anuncia a ressurreição de Jesus Cristo no primeiro dia da semana. Primeiro significa começo, início; a ressurreição é, portanto, o começo, o início de uma maneira nova de viver; ela é fato que acontece com o começo de um novo período de vida, portanto, traz uma perspectiva de começar de novo, de partir para algo novo. E este algo novo é iluminado pela vida nova que a ressurreição do Senhor traz e garante para os que querem segui-lo.
O que importa é o estar o túmulo vazio e, ao mesmo tempo, estar arrumado. O que importa é que a comunidade dos discípulos, representada pela mulher e pelos dois homens, acreditou na vida que o Deus ressurreto trouxe e traz!
E nós também cremos.
Aleluia! Jesus Vivo está!

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